sábado, 17 de junho de 2006

Três meses

Algumas datas, parece, não vão nunca se apagar da nossa memória, e é assim que eu me sinto em relação ao dia dezessete de cada mês. Talvez um dia, quem sabe, eu deixe de marcar o tempo da perda, pra contar os dias que faltam para o reencontro, e a sensação de esperança já seja maior que essa incômoda tristeza que ainda sinto.

Da saudade eu não reclamo. Porque já ultrapassei os estágios do choque, da negação, da raiva, e da culpa. E a saudade, as boas lembranças, me ajudam nessa fase da aceitação da morte, esse estado de conformação com o que não se pode mudar.
Todo o processo é lento... Mas quando meus olhos se enchem de lágrimas, agora, já é muito menos pela angústia da perda, do que pela lembrança daquele menino e da alegria que ele me causava.

2 comentários:

Beto disse...

Estamos em sintonia. Resolvemos abordar o mesmo triste assunto.
Bjs e Rumual!!!!

Suzi disse...

Oi, Beto, estava com saudades de você! Sumidaço!
Estou indo te ler agora...
Beijos!
O "Rumual" tá funcionando!!!
Bjs.